sexta-feira, 25 de julho de 2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CURSISTA: ELI FURTADO DOS ANJOS
TRMA: T29a
DATA: 26/07/2014
Para Refletir!
Por que olhar por partes, sem antes compreender o todo? Por que enxergar a deficiência, antes mesmo de saber mais sobre aqueles que não andam, não enxergam ou não ouvem? Por que apontar o que o outro não pode fazer, antes de perguntar o que ele tem a oferecer?
Para ajuda-los a refletir sobre essas questões durante a elaboração do TCC deixamos para leitura o texto a seguir. A partir das principais ideias propostas pelo autor, estabeleça relações com o AEE poste no seu blog.

Com base no texto o autor a priori pensava construir um modelo na mente, o mais  perfeito, lógico e geométrico possível, e ver se tal modelo coincidia com a  realidade, porém aos poucos esse pensamento foi se modificando, e então passou a pensar numa grande variedade de modelos, transformáveis uns nos outros segundo um procedimento combinatório, para encontrar aquele que se adaptasse melhor a uma realidade que por sua vez fosse feita de tantas realidades distintas, no tempo e no espaço. Em consonância com o trabalho no AEE, sabe-se que não é fácil encontrar um modelo único que abranja e seja suficiente para atender as distintas deficiências e necessidades dos alunos especiais, em paralelo ao trabalho da sala comum. Inúmeras dúvidas e dificuldades permeiam os espaços escolares e a complexidade aumenta mais ainda quando não há uma contribuição efetiva de todos os envolvidos. Porém, os modelos oferecidos nem sempre atendem as necessidades desses alunos, e essa habilidade e comprometimento que o professor do AEE deverá ter, e a consciência para ajudar minimizar as dificuldades, procurando desembaraçar a mente e mobiliá-la com novas experiências, buscando sempre alternativas de atividades que venham potencializar o conhecimento do aluno e sempre em parceria com a família e a escola como um todo, analisando os pontos fortes que os alunos têm a oferecer e as suas dificuldades, e trabalhar para melhorar o aprender a aprender desses alunos. Para melhor elucidar a importância do AEE, destaca-se o seguinte ponto:  
 [...] GARCIA & FRANCISCO, O atendimento educacional especializado é muito importante para os avanços na aprendizagem do aluno com deficiências na sala comum de ensino regular. Os professores destas salas devem atuar de forma colaborativa com o professor da classe comum para a definição de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso ao aluno ao currículo e a sua interação no grupo, entre outras ações que promovam a educação inclusiva.



REFERENCIAS:

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
AEE E METODOLOGIA DA PESQUISA
Curso de Formação Continuada de Professores para o AEE
UFC / SECADI / UAB / MEC Versão 2013


WWW.ufrj.br/../GARCIA- FRANCISCO E DAGUIEL_OK.pdf



domingo, 15 de junho de 2014

TGD- ESTRATÉGIAS E RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA

UNIVERISDADE FEDERAL DO CEARÁ
CURSISTA: ELI FURTADO DOS ANJOS
TURMA:T29a
DATA: 14 DE JUNHO DE 2014

TGD- ESTRATÉGIAS E RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA

Considerando a importância que se deve ter em relação recursos e estratégias de ensino que auxiliam o trabalho do AEE, e aprimoram a aprendizagem dos alunos com TGD,  práticas novas, pautadas na conciliação da organização do trabalho e dos tempos escolares ao tempo e necessidade de nossos alunos. De acordo com REGO:

                                                               (...) precisamos não perder de vista que o acúmulo e a  sistematização de estratégias escolares para a inclusão de pessoas com TGD não podem desconsiderar o que é próprio de cada criança e adolescente. É preciso compreender os fundamentos de cada estratégia para que ela possa ser flexibilizada mediante o conhecimento sobre nosso aluno - quem ele é para além do transtorno que apresenta. Nesse sentido, as estratégias e recursos de baixa tecnologia tem o intuito de apoiar os alunos com TGD em seu desenvolvimento de habilidades comunicacionais e na sua interação social.
Os recursos aqui apresentados são utilizados com pessoas com transtorno Global do Desenvolvimento-TGD, podem ser aplicados com pessoas de 03 a 15 anos de idade, em sala de aula, AEE, Biblioteca ou ainda sala de informática. Serão apresentados alguns tipos de recursos de baixa e alta tecnologias.


RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA:

Pranchas de comunicação - As pranchas de comunicação podem ser construídas utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números. As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu usuário..

Avental é um avental confeccionado em tecido que facilita a fixação de símbolos ou letras com velcro, que é utilizado pelo parceiro. No seu avental o parceiro de comunicação prende as letras ou as palavras e a criança responde através do olhar.

 A CA área da tecnologia Assistiva, que destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever, pode acontecer sem auxílios externos e, neste caso, ela valoriza a expressão do sujeito, a partir de outros canais de comunicação diferentes da fala: gestos, sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e identificados socialmente para manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, banheiro, estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no cotidiano.
Tem o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão, são organizados e construídos auxílios externos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação que devem ser construídas juntos com o aluno. pranchas de palavras, vocalizadores ou o próprio computador que, por meio de software específico, pode tornar-se uma ferramenta poderosa de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada pessoa são construídos de forma totalmente personalizada e levam em consideração várias características que atendem às necessidades deste usuário, principalmente pessoas com TGDs.

Cartões de comunicação

Descrição de imagem:
A imagem apresenta vários cartões de comunicação com símbolos gráficos representativos de mensagens. Os cartões estão organizados por categorias de símbolos e cada categoria se distingue por apresentar uma cor de moldura diferente: cor de rosa são os cumprimentos e demais expressões sociais, (visualiza-se o símbolo "tchau"); amarelo são os sujeitos, (visualiza-se o símbolo "mãe"); verde são os verbos (visualiza-se o símbolo "desenhar"); laranja são os substantivos (visualiza-se o símbolo "perna"), azuis são os adjetivos (visualiza-se o símbolo "gostoso") e branco são símbolos diversos que não se enquadram nas categorias anteriormente citadas (visualiza-se o símbolo "fora").


PCS
Um dos sistemas simbólicos mais utilizados em todo o mundo é o PCS - Picture Communication Symbols, criado em 1980 pela fonoaudióloga estadunidense Roxanna Mayer Johnson. No Brasil o PCS foi traduzido como Símbolos de Comunicação Pictórica. O sistema PCS possui como características: desenhos simples e claros, fácil reconhecimento, adequados para usuários de qualquer idade, facilmente combináveis com outras figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados. São extremamente úteis para criação de atividades educacionais. O sistema de símbolos PCS está disponível no Brasil por meio do software Boardmaker.

Prancha com símbolos PCS

Descrição de imagem:
Visualiza-se uma prancha de comunicação com dezoito símbolos gráficos PCS cujas mensagens servirão para escolher alimentos e bebidas. Os símbolos PCS estão organizados por cores nas categorias social (oi, podes ajudar?, obrigada); pessoas (eu, você, nós); verbos (quero, comer, beber); substantivos (bolo, sorvete, fruta, leite, suco de maçã e suco de laranja) e adjetivos (quente, frio e gostoso).


Que tipo de recursos podemos criar com o Boardmaker?

Como já mencionado, o Boardmaker permite a construção de materiais que serão impressos e utilizados pelos usuários da CA.
Conhecendo os desafios educacionais que os alunos enfrentam no cotidiano escolar e utilizando-se de muita criatividade, o professor especializado poderá criar os recursos de comunicação e acessibilidade necessários aos seus alunos por meio das várias ferramentas de seu Boardmaker. Abaixo vamos descrever e ilustrar algumas ideias de aplicação deste software.
Atividades educacionais acessíveis: Com o Boardmaker você pode criar várias atividades educacionais para garantir acessibilidade e participação de alunos que utilizam a CA em sala de aula. Lembre-se da importância da interlocução entre o professor do Atendimento Educacional Especializado, que construirá os recursos de acessibilidade, e o professor da sala de aula comum. Sem conhecer o plano de ensino do professor da sala comum, com seus objetivos e atividades previstas, será impossível propor, construir e disponibilizar os recursos de acessibilidade para o aluno.
O professor especializado deverá também ensinar as estratégias de utilização destes recursos para o aluno, seu professor, para os colegas, comunidade escolar e família. Desta forma ajudará a todos a entender e a utilizar estas ferramentas de acessibilidade.
Vejamos alguns exemplos de atividades personalizadas com o Boardmaker: Atividades escolares: Essas atividades podem ser utilizadas com crianças com TGD.




Descrição da imagem:
Três atividades foram construídas para que o usuário da CA possa responder questões apontando os símbolos gráficos PCS. A primeira pede para apontar os animais; a segunda para apontar os vegetais e a terceira para apontar os minerais.
Abaixo de cada questão visualiza-se uma série de símbolos gráficos com imagens representativas dos três reinos da natureza

Utilização de outras imagens digitais nas produções com o Boardmaker
Você poderá introduzir novas imagens no seu Boardmaker e assim ampliará sua biblioteca de símbolos. As novas imagens poderão ser capturadas na internet, extraídas em banco de imagens, fotografadas com câmera digital ou também escaneadas de materiais impressos. Você poderá arquivar as imagens digitais na biblioteca do Boardmaker o que permitirá sua fácil localização para uso em produções futuras. Abaixo algumas fotos ilustram trabalhos feitos com o Boardmaker que utilizaram imagens capturadas de diversas origens.
Descrição de imagem:
Uma prancha de comunicação foi construída com fotografias e apresenta os símbolos "luva", "pantufa", "calça", "cão", "melão", "casaco", "telefone", e "rosa".


Descrição de imagem:
Com fotografias escaneadas de um cardápio foi montada uma prancha de comunicação temática, para comprar o lanche. Visualizamos as imagens dos sanduíches, copo de refrigerante, salada e embalagem do lanche. Estas mesmas imagens aparecem organizadas numa prancha de comunicação.


Referências:

Blogs de TA
Blog Dra. Miryam Pelosi - Tecnologia Assistiva
http://miryampelosi.blogspot.com/

Marlyrego.blogspot.com.br/2014/05/tgd-estratégias-e-recursos-de-baixa-html


domingo, 27 de abril de 2014


UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CURSISTA: ELI FURTADO DOS ANJOS
DISCIPLINA: DMU E SURDOCEGUEIRA
CURSO Á DISTÂNCIA

Concernente às diferenças entre Surdocegueira e DMU, pode-se considerar respectivamente os seguintes pontos cruciais para estabelecer as diferenças entre ambas:
Segundo SERPA (2002), A surdocegueira é uma deficiência única e especial que requer métodos de comunicação especiais, para viver com as funções da vida cotidiana. E caracteriza-se pelos seguintes aspectos:
       - Sérios problemas relacionados com a comunicação com o meio
       - Sérios problemas relacionados com a orientação no
       - Sérios problemas relacionados à obtenção de informação.
 E segundo a autora Ximena, há dois tipos de surdocegueira que são: Congênita e a Adquirida.
 Em relação à Congênita: denomina-se surdocego congênito quem nasce com esta única deficiência, como por exemplo pela rubéola adquirida no ventre da mãe.
     A Surdogueira Adquirida: consiste quando a pessoa nasce ouvinte, vidente, surda ou cega e adquire, por diferentes fatores, a surdocegueira. E dependendo da idade em que a surdocegueira se estabeleceu pode-se classificá-la em Surdocegos Pré-lingüísticos ou Surdocegos Pós-lingüísticos O referido autor subdivide as pessoas com surdocegueira em quatro categorias:
·   Indivíduos que eram cegos e se tornaram surdos;
·   Indivíduos que eram surdos e se tornaram cegos;
·   Indivíduos que se tornaram surdocegos;
·   Indivíduos que nasceram ou adquiriram surdocegueira precocemente, ou seja, não tiveram a oportunidade de desenvolver linguagem, habilidades comunicativas ou cognitivas nem base conceitual sobre a qual possam construir uma compreensão de mundo.
     NECESSIDADES ESPECÍFICAS DAS PESSOAS SURDOCEGAS
    Para que a comunicação aconteça e sejam alcançados os objetivos estabelecidos dentro de cada atividade para as crianças, é necessário fazer o seguinte:
·   Alertar a criança sobre a presença de quem interage com ela.
·   Alertar a criança sobre a atividade que vai ser desenvolvidas
·   Introduzir pouco a pouco a criança na atividade.
·    Falar sobre o que se faz enquanto a atividade é executada.
·  Repassar uma e outra vez o que fez durante a atividade, dando à criança a oportunidade de PEDIR, REJEITAR ou EXPRESSAR escolhas reais.
·  Criar acontecimentos que, com certeza, NÃO acontecem normalmente. Dentro de suas atividades.
· Criar oportunidades para resolver problemas individuais ou em grupo (complexidade varia segundo as habilidades da criança).
       Faz-se necessário salientar que em se tratando de pessoas surdocegas deve-se considerar segundo Ximena que, a perda visual e auditiva limita o  conhecimento do que acontece, já que sua percepção de distância fica  comprometida. Não saber o que acontece fora do corpo pode gerar angústia, instabilidade emocional e temor. É então que a unidade de vida e conexão com o mundo é feita por meio do tato. O tato constitui-se para as pessoas surdocegas, o que pode oferecer mais informação. De acordo com (Carvajal, 1997),estas cifras demonstram que o tato é sinônimo de comunicação para as pessoas com  surdocegueira.
  COMUNICAÇÃO DAS PESSOAS COM SURDOCEGUEIRA

   Nas crianças com surdocegueira e com deficiência múltipla, a COMUNCIAÇÃO é o aspecto mais importante e, por isto, deve-se focar nele toda a atenção na implementação do programa educacional/terapêutico, já que é o ponto de partida para chegar a qualquer aprendizagem.
 De acordo com Ximena, ao falarmos das pessoas surdocegos que ainda não alcançaram a fase dos sinais, devemos dar ênfase à importância da leitura dos movimentos do corpo e do uso dos outros sentidos básicos para que elas aprendam.
Se as pessoas adultas ou aquelas que interagem com elas não entendem ou não conseguem interpretar estas formas de comunicação, não haverá troca e elas deixarão de se comunicar, chegando à frustração.
Lembrem que devemos permanentemente ANTECIPAR e DAR tempo para que a criança processe a pergunta e possa responder; elas precisam de mais tempo.
Dentre as estratégias para criar, facilitar e incrementar a comunicação não simbólica se deve levar em conta:

     *Interesses Individuais: O interesse das crianças deve estar baseado na interação física por meio do estabelecimento de rotinas de jogo, na qual seja possível a imitação de comportamentos com ou sem intenção.
*Deve-se permitir à criança escolher tantas vezes como lhe seja possível, a imitação de ações específicas dentro de um contexto determinado; esta conduta pode ser considerada como um sinal.
*Compensar a perda dos sentidos à distância: A habilidade individual para explorar encontra-se limitada pela perda sensorial. Para alcançar este fim, podem ser estabelecidas estratégias com posições que impliquem o contato corporal com os pares comunicativos, assim como, a manipulação do ambiente com pequenos movimentos, o que implica ajudar a criança no reconhecimento de pessoas familiares por meio da exploração tátil e visual.
A PESSOA COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
• Deficiência múltipla – a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (intelectual / visual / auditiva / física), com comprometimentos que acarretam conseqüências no seu desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.
Segundo Orelove e Sobsey (2000) as pessoas com deficiência múltipla são indivíduos com comprometimentos acentuados no domínio cognitivo, associados a comprometimentos no domínio motor ou no domínio sensorial (visão ou audição) e que requerem apoio permanente, podendo ainda necessitar de cuidados de saúde específicos.
Segundo a autora Vula, quanto maior for o numero de deficiências, maior o risco da pessoa não conseguir fazer uso de todas as habilidades que possui e, assim sendo, a associação de diferentes problemas resultará em necessidades educacionais únicas.

Etiologias da deficiência múltipla
• Pré-natais:
Eritroblastose fetal (incompatibilidade RH), microcefalia, citomegalovírus, herpes, sífilis, AIDS, toxoplasmose, drogas, álcool, rubéola congênita. Síndromes como, Charge, Lennox-Gaustaut entre outras.
• Peri-natais:
Prematuridade; falta de oxigênio, medicação ototóxica, icterícia.
• Pós-natais: Efeitos colaterais de tratamentos como: oxigenoterapia, antibioticoterapia, Acidentes, sarampo, caxumba, meningite, diabetes.  Aparecimento tardio de características de síndromes como distúrbios visuais na Wolfram, Usher e Alport (Retinose Pigmentar). Podem ser acrescentadas situações ambientais causadoras de múltipla deficiência, como acidentes e traumatismos cranianos, intoxicação química, irradiações, tumores e outras.
De acordo com Nunes (2002), podem ser agrupadas em três blocos:

Necessidades físicas e médicas, como por exemplo:
·         A mais freqüente causa da deficiência múltipla é a Paralisia Cerebral, que compromete a postura e a mobilidade. Os movimentos voluntários são limitados em termos qualitativos e quantitativos.
·         Limitações sensoriais (visual e auditiva)
·         Convulsões
·         Controle respiratório e pulmonar
·         Problemas com deglutição e mastigação
·         Saúde mais frágil com pouca resistência física
Necessidades emocionais de:
·         Afeto
·         Atenção
·         Oportunidades de interagir com o meio e com o outro
·         Desenvolver relações sociais e afetivas
·         Estabelecer uma relação de confiança
Necessidades educativas devido a:
·         Limitações no acesso ao ambiente
·         Dificuldades em dirigir atenção para estímulos relevantes
·         Dificuldades na interpretação da informação
·         Dificuldades na generalização
De acordo com Nunes (2002), podem ser agrupadas em três blocos:
EFEITOS SECUNDÁRIOS
A comunicação é de extrema importância na aquisição de uma boa qualidade de vida e as principais vias de acesso à comunicação são a visão e a audição. A perda de uma ou ambas limita a aprendizagem incidental, onde a criança recebe e procura ativamente informações seja na interação com o meio ou com outro, proporcionando experiências significativas e fazendo associações com experiências prévias e assim aprendendo.
Nunes (2002) coloca que a limitação no acesso à aprendizagem incidental faz com que a pessoa receba informações de maneira fragmentada ou distorcida, sendo então essencial ensinar o que os outros aprendem acidentalmente.
Alem disso coloca também que a dificuldade na comunicação cria limitações na interação com os outros e com o meio levando a pessoa a ter poucas experiências sociais.
A mesma autora discorre sobre as conseqüências que podem ocorrer da falta de uma comunicação. O isolamento social pode levar a dificuldades comportamentais e emocionais, como por exemplo, hiperatividade, comportamentos obsessivos, agressividade e auto-agressão, estereotipias, auto-estimulação, distúrbios de atenção, entre outros.

ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM PARA PESSOAS COM MÚLTIPLAS DEFICIÊNCIAS:
Para as pessoas com deficiências múltiplas são necessários considerar os respectivos pontos relevantes na construção de uma aprendizagem significativa. De acordo com  autora Vula ,deve-se trabalhar num contexto de aprendizagem construtivista, ecológico e responsivo. Por construtivo entende-se: ser construído face a face, nas interações entre diferentes atores e nas relações interpessoais entre eles; no processo contínuo de forma partilhada; na construção contextual, dinâmica e evolutiva. Ecológico no sentido de: envolver os contextos naturais na qual a pessoa se encontra e os atores que com ela interagem. E por responsiva entende-se: dar tempo à pessoa para responder (pausar) o que aumenta as oportunidades dela se comunicar e possibilita o tomar a vez; usa a modelação como estratégia, explica como se faz; usa a resolução conjunta de problemas.
As atividades devem ocorrer em contextos naturais para que a aprendizagem seja significativa. Para que ocorra aprendizagem é preciso proporcionar experiências em quantidade suficiente para poder aprender, pois são necessárias muitas repetições para manter a informação na memória, e também para dar tempo da pessoa praticar. É preciso considerar o estilo de aprendizagem de cada um observando suas preferências e fortalezas e trabalhar em cima das habilidades que a pessoa tem.  E ainda no que concerne a comunicação alternativa e aumentativa muitos indivíduos múltiplos deficientes usam um pouco de fala, vocalizações ou sons e gestos ou comportamentos para se comunicar, mas não de maneira efetiva, por isso se beneficiarão de um sistema alternativo e aumentativo de comunicação.
A chave para o sucesso chama-se MOTIVAÇÃO. Só aprendemos quando motivados, por isso toda a preocupação em focar a educação da pessoa com deficiência múltipla dentro de atividades funcionais e significativas para ele. A possibilidade de se comunicar e ser ouvido, de ter a oportunidade de fazer escolhas dentro de uma rotina previsível, com atividades sendo antecipadas por um meio de comunicação dentro de suas possibilidades podem levar a pessoa a perceber que tem controle sobre sua vida, nem que seja em uma pequena parte, o que é altamente motivante. “Nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas habilidades” ( Hallahan e Kauffman, 1994).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
*MARIA, Vula Ikonomildis, Deficiência Múltipla Sensorial. MEC-2006.

*SERPA, Ximena Fonegra, Comunicação para Pessoas com Surdocegueira. Tradução do livro Comunicacion para Persona Sordociegas, INSOR-Colômbia 2002.


sábado, 15 de março de 2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CURSISTA: ELI FURTADO DOS ANJOS
TURMA: T29a
DISCIPLINA: PS PESSOAS COM SURDEZ


Educação Escolar de Pessoas com Surdez
AEE em Construção

Com base na epistemologia inerente a educação escolar de pessoas com surdez percebesse significativos avanços no campo educacional no que tange a educação inclusiva em especial as pessoas com surdez, porém, apesar dessas mudanças positivas ainda há muito a ser analisado e revisto, pois, ainda se permeiam muitos entraves nos  cenários das escolas públicas e privadas brasileiras,  que entristecem e deixam aquém os protagonistas do processo ensino aprendizagem, principalmente quando o ensino é oferecido de forma fragmentada, reducionista, e não se leva em conta o ser humano como um todo, em suas relações dialógicas, experiências, vivências, tudo que envolve o indivíduo. Convém mencionar a respectiva abordagem:
       
(...) por mais que as políticas estejam já definidas, muitas questões e desafios ainda estão para serem discutidas, muitas propostas, principalmente no espaço escolar, precisam ser revistas e algumas tomadas de posição e bases epistemológicas precisam ficar mais claras, para que, realmente as práticas de ensino e aprendizagem na escola comum pública e também privada apresentem caminhos consistentes e produtivos para a educação de pessoas com surdez. DAMÁZIO, (p, 46).

Convém salientar que de acordo com a Nova Política de Educação Especial, numa perspectiva Inclusiva, não se concebe a discussão numa visão dualista, em que se separam as pessoas.

(...) por mais que diferentes nós humanos sejamos, sempre nos igualamos na convivência, na experiência, nas relações, enfim, nas interações, por sermos humanos. Não vemos a pessoa com surdez como o deficiente, pois ela não o é, mas tem perda sensorial auditiva, ou seja, possui surdez, o que a limita biologicamente para essa função perceptiva. Mas por outro lado, há toda uma potencialidade do corpo biológico humano e da mente humana que canalizam e integram os outros processos perceptuais, tornando essa pessoa capaz, como ser de consciência, pensamento e linguagem. DAMÁZIO, (p. 47)

A ênfase hoje consiste numa educação mais ampla, em que o aluno com surdez não pode ser visto somente no aspecto da surdez, considerando esse indivíduo na sua totalidade e com outras potencialidades que precisam ser estimuladas e desenvolvidas, um ambiente que proporcione essas possibilidades fará toda diferença na aprendizagem não somente dos alunos com surdez mais também dos alunos ouvintes.

(...) è preciso construir um campo de comunicação e interação amplo, possibilitando que as línguas tenham o seu lugar de destaque, mas que não sejam o centro de tudo o que acontece nesse processo. Aí, deve-se discutir a presença obrigatória de quem age, produz sentido e interage: a pessoa com surdez. DAMÁZIO, (p. 47).

Nesse sentido segundo Damázio, nos faz pensar num sujeito com surdez não reduzido ao chamado mundo surdo, com a identidade e a cultura surda, mas numa pessoa com potencial a ser estimulado e desenvolvido nos aspectos cognitivos, culturais, sociais e linguísticos. No entanto, o problema do fracasso escolar dessas pessoas não se deve somente a questão das línguas, mas principalmente se deve as práticas pedagógicas ineficientes.        
Vale ressaltar que de acordo com as concepções abordadas sobre as pessoas surdas, não se deve considera o problema da deficiência, diferença, limitações advindas da surdez, mas o cerne do processo é proporcionar um ambiente favorável ao  desenvolvimento do  potencial dessas pessoas, o aspecto da surdez não será o foco principal e sim as potencialidades a serem trabalhadas e exercitadas objetivando um ensino consistente.  Nesse sentido, o trabalho do AEE, tem sua relevância por pautasse numa perspectiva inclusiva, e que segundo Damázio, consiste em organizar o trabalho complementar para a classe comum, com vistas à autonomia e a independência social, afetiva, cognitiva e linguística da pessoa com surdez na escola e fora dela.

Em suma a eficácia do fazer didático pedagógico desse atendimento depende das práticas de ensino pautadas no comprometimento, responsabilidade, transformação e reconstrução do aprender a prender.

domingo, 8 de dezembro de 2013



Deficiência visual

Cursista: ELI FURTADO DOS ANJOS

Turma: T29a                  

Data: 08/12/13



Atividade: Descrição e Audiodescrição

 Segundo "(Graciela Pozzobon e Lara Pozzobon), a audiodescrição se constitui da seguinte forma:

“O recurso consiste na descrição clara e objetiva de todas as informações que compreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, como, por exemplo, expressões faciais e corporais que comuniquem algo, informações sobre o ambiente, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura de créditos, títulos e qualquer informação escrita na tela. A audiodescrição permite que o usuário receba a informação contida na imagem ao mesmo tempo em que esta aparece, possibilitando que a pessoa desfrute integralmente da obra, seguindo a trama e captando a subjetividade da narrativa, da mesma forma que alguém que enxerga. As descrições acontecem nos espaços entre os diálogos e nas pausas entre as informações sonoras do filme ou espetáculo, nunca se sobrepondo ao conteúdo sonoro relevante, de forma que a informação audiodescrita se harmoniza com os sons do filme.”

    Trata-se de uma faixa narrativa adicional para os cegos e deficientes visuais consumidores de meios de comunicação visual, onde se incluem a televisão e o cinema, a dança, a ópera e as artes visuais. Consiste num narrador que fala durante a apresentação, descrevendo o que está a acontecer no ecrã durante as pausas naturais do audio e por vezes durante diálogos, quando considerado necessário.

    Para as artes performativas (teatro, dança, ópera) e para os meios de comunicação (televisão, cinema e DVD), a descrição é uma forma de tradução audiovisual, usando as pausas naturais no diálogo ou entre elementos sonoros cruciais para inserir a narrativa, que traduz a imagem visual de uma forma que a torna acessível a milhões de indivíduos que de outro modo não teriam um acesso pleno à televisão e ao cinema.

     Em museus ou em exposições de artes visuais, visitas com audiodescrição (ou em circuitos concebidos universalmente que incluem descrição ou a extensão dos atuais programas gravados em áudio ou em vídeo) são utilizados para proporcionar acesso aos visitantes que são cegos ou possuem uma visão reduzida. Professores ou guias podem ser instruídos no sentido de utilizar a audiodescrição nas suas apresentações. A audiodescrição de eventos desportivos está a tornar-se cada vez mais comum, especialmente em estádios de futebol.

   Investigadores estão a trabalhar no sentido de demonstrar como a descrição, através do uso de variadas escolhas de palavras, sinônimos, metáforas e comparações, beneficia não só as crianças que são invisuais e/ou com dificuldade de aprendizagem, mas poderá também impulsionar a literacia para todas as crianças.

   “A audiodescrição é uma tecnologia assistiva que busca suprir a lacuna deixada pela comunicação visual, para aqueles que dela não conseguem tirar proveito”. No atual estado da arte dos meios de comunicação, não há dúvidas de que a ausência da audiodescrição cria uma situação de desconforto. Inúmeros são os momentos em que sentimos falta de um detalhamento do que está acontecendo. Seja na televisão, teatro, cinema ou mesmo nas descrições de gráficos e figuras de um livro, ou imagens de uma página da internet, ela é fundamental para a participação efetiva das pessoas com deficiência na interação com a sociedade.

     "Sugiro como proposta pedagógica de Audiodescrição o Filme:

O reino do Chocolate – AUDIODESCRIÇÃO- A história de um planeta onde pessoas de cores diferentes não podem se misturar.
Descrição: 5 estrelas (1 avaliações)Descrição: 5 estrelas (1 avaliações)Descrição: 5 estrelas (1 avaliações)Descrição: 5 estrelas (1 avaliações)Descrição: 5 estrelas (1 avaliações)

REFERENCIAL




"(Graciela Pozzobon e Lara Pozzobon- www.audiodescricao.com.br)